Da esquerda para a direita, os ferroviários.
De pé: Haroldinho, Brandão, Luiz Antônio, Vicente Cunha, Magela, Carreiro, Osvaldinho, Vicente Rossi, Sebastião Aquino, José de Melo, Arnaldo, Chicão, Tuim, Olympio, Zenoni, Maury, Honorio e Carlos Augusto. Agachados: Edilson Capota, Nem Cunha, Amarildo Mayrink, Zequinha e Homero Cândido.
Texto de Rosália Mayrink Corrêa. De pé: Haroldinho, Brandão, Luiz Antônio, Vicente Cunha, Magela, Carreiro, Osvaldinho, Vicente Rossi, Sebastião Aquino, José de Melo, Arnaldo, Chicão, Tuim, Olympio, Zenoni, Maury, Honorio e Carlos Augusto. Agachados: Edilson Capota, Nem Cunha, Amarildo Mayrink, Zequinha e Homero Cândido.
Uma idéia torna-se realidade quando a colocamos em prática e legitimamos. Assim aconteceu com o Memorial do Ferroviário. Ao idealizar o projeto, segui inicialmente a "veia genética", um chamado de filha de ferroviário, e de todos os outros que trabalharam na RFFSA e suas Oficinas.
Sentia nas conversas, um saudosismo que exigia o resgate da memória da Ferrovia, marco de emancipação e desenvolvimento da cidade de Bicas. Busquei então, através de contatos com ex-ferroviários, a organização de uma listagem de todos que residiam na cidade, aos quais fiz uma visita, e muitas vezes era necessário retornar, para uma maior conscientização da necessidade de se preservar a História da Ferrovia e tentar conseguir algum acervo.
A primeira visita ocorreu no ano de 2005, e a cada visita havia o incentivo devido aos depoimentos emocionados dos trabalhadores, cujas vidas e de seus familiares estavam ligadas a um passado recente, cujo marco era o apito do trem e das Oficinas.
Nessa pesquisa histórica comecei a idealizar os painéis, imaginando que eles deveriam ter uma seqüência que resgatasse as Oficinas. O primeiro deveria ser o portão e a vegetação, sempre presente durante sua existência.
Era também de fundamental importância que se registrasse a presença marcante dos trilhos da Ferrovia, o que me levou ao painel final do Memorial, cuja montagem tridimensional nos leva a imaginar que caminhamos sobre eles.
À esquerda, da Primeira Sala, ficaria o painel da Maria Fumaça, ícone fundamental dos sentimentos de nossos ferroviários, e outro de uma das máquinas utilizadas por eles. À direita, o painel do SENAI e das Oficinas, mostrando o aprendiz e o profissional trabalhando e escrevendo a história, e ainda, a Estação de Bicas, ponto de encontro de nosso povo.
A segunda sala mostra o SENAI e o LICEU OPERÁRIO, cujos ensinamentos acompanham os filhos de ferroviários, em sua vida social e profissional, moldando o caráter de cidadãos conscientes, politizados e inseridos na história de sua cidade e de seu país.
Na terceira sala ficaria o painel dos Trilhos e os quadros que comporiam o ambiente, que reporta à infância e juventude de todos, que de alguma forma estão ligados pelo sentimento aos minérios da ferrovia.
Nas paredes laterais, achei interessante que se colocasse o contorno de Locomotivas, para que o ambiente se suavizasse e também nos lembrasse de que projetos se efetivam.
As peças arrecadadas foram distribuídas seguindo um padrão que as inserisse no contexto de cada sala, levando ao visitante a se sentir parte integrante de um momento, que era ao mesmo tempo, passado e presente.
Após 5 anos de pesquisa e muita dedicação, é inaugurado no Dia do Trabalhador o Memorial do Ferroviário, com a presença maciça de muitos deles, que se confraternizaram e relembraram os momentos vividos nas Oficinas, SENAI e LICEU, registrando em fotos e abraços, a alegria de um sonho realizado.
O que me leva a sentir força, não é o orgulho da concretização de um ideal, porque isso seria muito pouco, diante da grandeza da História da Ferrovia em Bicas e de sua influência na vida de todos nós biquenses.
O ser humano não se destaca por seus atos considerados grandiosos, mas, pela sua luta a favor da realização de idéias comuns, que eternizam o Patrimônio Cultural de seu povo e resgatam no ser humano a certeza, de que o Ontem se faz no Hoje, numa eterna mutação.
Que todos nós sejamos “escritores de nossa História”, pois os ideais nascem do interior, e nossos sonhos precisam acordar e fazerem a realidade, integrando todos os lados desse labirinto que é viver.
E viver também é eternizar uma história construída com esforços de muitos biquenses. Foi esse o brinde que a Prefeitura de Bicas, através da Secretaria de Cultura e de Turismo entregou aos biquenses nesse 1º de Maio, dia do Trabalhador.
As peças arrecadadas foram distribuídas seguindo um padrão que as inserisse no contexto de cada sala, levando ao visitante a se sentir parte integrante de um momento, que era ao mesmo tempo, passado e presente.
Após 5 anos de pesquisa e muita dedicação, é inaugurado no Dia do Trabalhador o Memorial do Ferroviário, com a presença maciça de muitos deles, que se confraternizaram e relembraram os momentos vividos nas Oficinas, SENAI e LICEU, registrando em fotos e abraços, a alegria de um sonho realizado.
O ser humano não se destaca por seus atos considerados grandiosos, mas, pela sua luta a favor da realização de idéias comuns, que eternizam o Patrimônio Cultural de seu povo e resgatam no ser humano a certeza, de que o Ontem se faz no Hoje, numa eterna mutação.
Que todos nós sejamos “escritores de nossa História”, pois os ideais nascem do interior, e nossos sonhos precisam acordar e fazerem a realidade, integrando todos os lados desse labirinto que é viver.
E viver também é eternizar uma história construída com esforços de muitos biquenses. Foi esse o brinde que a Prefeitura de Bicas, através da Secretaria de Cultura e de Turismo entregou aos biquenses nesse 1º de Maio, dia do Trabalhador.
Rosália Mayrink Corrêa é Historiadora, Pós-Graduada em Educação Religiosa, idealizadora e Diretora do Museu Ferroviário.
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O Prefeito Honorio de Oliveira e o Ferroviário Vicente Rossi, descerrando a placa inaugural.
O Prefeito Honório de Oliveira, o Vice-Prefeito Wolney Sarto, o Vereador Rafael Aquino, Carlos Augusto, Chicão, Maury, Veiguinha, Bruno Siqueira - Vereador de Juiz de Fora, Nem Cunha, Zenoni, Padre Cássio e Rosália Mayrink.
2 comentários:
Olá Amarildo, achei o máximo este museu ferroviário, já que esta atividade foi responsável pelo sustento de inúmeras famílias,ao longo de décadas, como a minha, por exemplo e uma das responsáveis pelo desenvolvimento de Bicas. Outra coisa, a-m-e-i ver o "Seu" Vicente Rossi. Ele está ótimo.
Um beijinho meio lusitano prá ti e pros biquenses.
Bem hajam!
ola Rosalia adorei a idéia de criar um museu ferroviário por isso fui ai fazer a voce uma entrevista sobre o memorial biquense
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